sábado, 25 de julho de 2009

journey of the soul


As àrvores dançam num ritmo sereno
e os animais saltam e brincam,
buscam alimento e afecto,
e procriam.
E talvez sejam felizes.
Nós fazemos exactamente o mesmo,
embora de maneira diferente.
E nunca chegamos a ser felizes
porque tarde ou nunca percebemos
que a felicidade não é o objectivo,
mas sim o caminho.

Ou talvez possamos ser felizes
no dia em que observarmos de perto os animais e as àrvores.
E o sol, e os rios que correm para o mar sempre no mesmo sentido.
Porque o mar não muda de sítio.
Nós não somos um rio.
Ignoramos para onde vamos,
não sabemos onde fica o nosso mar.
Mudemos então o sentido da corrente quando for preciso.
É que morrer tem que ser alguma coisa.
Bonita, como o mar.
E não o será, se continuarmos a passear-nos na vida
já mortos,
a fingir que vivemos.