sexta-feira, 4 de setembro de 2009

scientific reality


Metáforas na gaveta
e mundo paralelo trancado no armário.
Aqui tudo encaixa, tudo é exacto
e não há lugar a falhas,
muito menos a divagações.
O que é, é. Ponto.
Sempre às cegas quando escolhemos,
porque escolhemos então?
Somos obrigados.
Isto se quisermos viver.
Caso contrário,
deixemos que escolham por nós.
Mas eu já aqui disse e repito,
(tal é o medo de me esquecer)
eu escolhi viver.
Escolhi viver aceitando que nada é.
Ou pelo menos que tudo o que é,
não o será.
E agora, tenho que absorver tudo
aquilo que não é,
mas que alguém quis que fosse.
Não faz mal.
É só mais um pedaço
de viagem.
A natureza continuará a ser
o refúgio.
O pensamento, o motor.
O desconhecido, o objectivo.
O que importa agora,
é apenas isto:
Liberdade.
Para começar de novo, outra vez.

Desta vez não vou falhar.