quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

mental checkpoint


Eu não sei
Se tenho vivido de maneira correcta
Seguindo por aí a dar o corpo ao manifesto
Bailando que nem uma metamorfose ambulante
Esforçando-me para partilhar o que de melhor existe em mim.

Eu não sei
Se tenho absorvido o melhor do mundo
Nessa interação constante e sempre distinta
De continente em continente e de coração em coração
Que se vem mostrando ser um espelho cada vez mais nítido.

Eu não sei
Se deveria resignar-me e apostar numa rotina
Amparada da presença dos que foram e são importantes
Deixar-me de hedonismos egoístas e ganhar em seriedade
Para um dia poder mostrar ao mundo um império que construí.

Eu não sei
Se existe um lugar que seja meu
Ou do qual eu seja parte – será que isso é desejável?
É que todos os lugares se assemelham na hora da verdade
Todos capazes dos amores mais belos e das tragédias mais cruéis.

Eu não sei
Se nós os Homens alguma vez
Fomos melhores do que aquilo que somos hoje
E também já não sei o que é melhor nem o que é pior
Mas algo em mim me diz para continuar a ser o melhor que posso.


Eu não sei
Se filosofias ajudam a mente a entender
O potencial infinito que é ser num universo em expansão
Mas se o amor é uma delas, então que se ame e não se pense
Que um universo sem amor é como uma criança que não nasceu.

Eu não sei
Se sei ou se não sei
E nunca achei que não saber pudesse saber tão bem
A cada dia o surgimento contínuo de novos encontros marcantes
Chega para despertar o equilíbrio tão apetecido entre amor e liberdade.