quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Shared Dharma of Realization

Ainda que saiba que nao preciso de nada, haverao sempre dias em que tudo me apetece.

Hoje, apeteces-me tu. Só tu.
Ja nao me lembrava de como era intenso sentir isto. Sabe tao bem.

Percorrendo infinitos caminhos sinuosos na tentativa de chegar ao horizonte em paz, emanando alegria e serenidade, pergunto-me se chegou a hora de me deixar ficar num jardim mais tranquilo a desfrutar da doçura e da força simultaneas que traz um amor como o nosso, capaz de mover todo este universo.

Nao sei ainda por que razao apareceste, mas acredito que tenhas chegado para ficares uns tempos. Na verdade, sinto que te podes deixar ficar em mim o tempo que quiseres. Trazes contigo tudo aquilo que eu admiro ou gosto de contemplar, meu bem. És a palavra que expressa o que eu penso, e os olhos que sabem ler as emoçoes que eu nao sei dizer. És o corpo que me procura e que eu quero sempre, mesmo que o cansaço esteja presente ou a vitalidade ausente. És assim de tal jeito, que só de te ter a meu lado, se me desenha um sorriso na cara que quero partilhar com toda a gente.

És algo que faz sentido. Somos algo que faz sentido e que pode crescer e brilhar da mesma maneira que o sol quando se eleva e surge na linha do horizonte. Sabemos que mais tarde voltará a desaparecer nessa mesma linha em outro lugar para dar lugar à lua e às estrelas, mas enquanto se move e brilha, enche o mundo de beleza.

Meu amor, nao nos precisamos mas apetecemo-nos mutuamente.
Sera que isso é suficiente para nos realizarmos?
Nao sei, mas se nao tentarmos nunca saberemos.
Nao espero nada, apenas deixo a porta aberta...