domingo, 25 de maio de 2008

oh lordy, trouble so hard.

Perdoa-me meu amor, preciso tanto do teu perdão para voltar a ser feliz.
Perdoa-me, perdoa-me. A tua indiferença é morte para mim.

Perdoa-me mãe, sinto tanto a tua falta.
Perdoa-me pai, por não me conheceres.
Perdoa-me mano, por nunca te ter percebido nem tentado ajudar.
Perdoa-me família, por já não teres qualquer importância na minha vida.
Perdoem-me os meus amigos, por não conseguir apoiá-los.
Perdoem-me todas as pessoas de quem me afastei, a solidão às vezes aconchega.
Perdoem-me todas as pessoas a quem fiz mal, nunca foi minha intenção.
Perdoa-me Deus, por não crer na tua existência.
Perdoa-me droga, por te dar tanto uso.
Perdoa-me escola, por não querer saber de ti.
Perdoa-me casa, por te ter transformado em algo que talvez preferisses não ser.
Perdoa-me tecto, por me perder tantas vezes a olhar para a ti.
Perdoem-me os lençóis e a almofada, por absorverem tantas das minhas lágrimas.
Perdoa-me mundo, por não me mover em tua função.
Perdoa-me sociedade, por empacotar as tuas regras e enviá-las para bem longe, nós não coexistimos.
Perdoa-me pássaro que voas lá fora, não tenho asas como tu.
Perdoa-me arco-íris, aqui já só mora o preto.
Perdoa-me solidão, por passar tanto tempo contigo.
Perdoa-me corpo, andar custa mas tem que ser.
Perdoa-me minha alma, deixaram-te tão vazia.
Perdoa-me vida, por estar a desistir de ti.


Não sei mais o que fazer.
Dizem que só o perdão nos pode salvar. No meu caso são tantos perdões que prefiro não acreditar que algum dia algo ou alguém me salve. Eu perdoo-vos a todos, mesmo que não vos consiga salvar de nada.