segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

That's all I ask of you. Is that too much?

Olha olha, posso pedir-te um favor?
Não é nada de mais, não te preocupes. Antes tinha por hábito pedir-te o mundo, mas já me deixei disso. A sério. Acredita em mim, não me olhes dessa maneira. É só um favorzinho que não te vai custar nada, nem te prejudicará de forma alguma. Achas que eu alguma vez, nesta vida, iria querer prejudicar-te? Claro que não, eu amo-te! Ups, já disse o que sei que não deveria dizer. Mas às vezes sai-me, não consigo evitar. Então? Escusas de olhar para mim como se eu fosse uma criança que tivesse acabado de dizer um perfeito despautério! Não te estou a pedir para olhares para mim como olhavas antes, mas olha para mim como olhas para as outras pessoas todas. Afinal não é isso que eu sou? Uma pessoa como todas as outras na tua vida? Então mereço igual tratamento. Anda lá, não faças a minha consciência sentir que deveria escrever cem vezes "Não voltarei a dizer que te amo".
Ah, o favor! Já me esquecia. Estás a ver? És uma pessoa tão complicada que me obrigas a divagar e eu acabo sempre por me perder e ocupar muito mais do teu tempo do que aquilo que inicialmente tenciono ocupar. E depois evitas-me porque me achas chata e dizes que estou sempre a bater na mesma tecla e que deveria parar de ser infantil. Mas tu não és completamente inocente! Tens a culpa de me fazeres sentir assim. Porque me prometeste tudo e agora não me dás nada. Ah pois, ao menos reconheces que erraste ao prometeres isso. Mas sabes aquilo que se diz de "Errar é humano, cometer o mesmo erro duas vezes é burrice." ? Não devias ignorar-me quando eu te aviso de que estás a cometer o mesmo erro que cometeste comigo. É mais forte do que tu, eu sei, é como aquilo que eu há pouco disse e não deveria ter dito, mas temos de lutar contra essas vontades, contra esses sentimentos que nos podem levar a nós e aos outros à destruição.
Bem, já te estás a aborrecer com a minha conversa e está a começar a chover, ainda tenho de percorrer meia cidade a pé até chegar a casa, por isso vou então, pedir-te o favor.

Achas que, podias, esporadicamente, sorrir para mim?
Eu não peço todos os dias, não peço um sorriso enorme como aquele que se esboçava na tua face de cada vez que me vias, antigamente. Um sorriso, apenas um sorriso de vez em quando! Pode ser um sorriso pequenino. Pode ser até um sorriso triste, se é esse o sentimento que te invade quando me vês. Não quero é cá sorrisos forçados!
Dizes que não? Está bem. Eu tentei. E continuarei a tentar até que um dia sorrias para mim. Vai lá para casa, não quero que apanhes chuva. Não te despedes de mim com dois beijinhos? Hoje nem estou com herpes! Ah, dois beijinhos e um afagar nos cabelos para me despachares. Vá, até amanhã.




Oh, agora interrompes-me quando eu já vou a meio da subida e com esta chuva toda que está a cair! O que é? Diz lá. Ahm? Não te ouço, grita! Deixei cair o maço? Ah! Espera aí. Olha, agora quem caiu fui eu. Epá, fiquei toda molhada! Que chatice, ainda por cima o maço também caiu numa poça e nem um cigarro se aproveita. O quê? Sou parvinha?? Nem me ajudas e eu é que sou a parva!

Estás a olhar para mim. E... estás a sorrir.
Sempre gostaste de me ver chateada? Que todas as minhas chatices fossem quedas e maços de tabaco em poças. E sabes, eu hoje já ganhei o dia!

Até me deste vontade de fazer a subida a correr. O teu sorriso é tudo.