segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

diálogo I

2004 - avant
Eu: Gostas de mim?
Tu: Também. Para além disso, amo-te.
Eu: Amar significa que serias capaz de morrer por mim?
Tu: Não sei. Mas sei que te amo porque vivo por ti. Porque todos os dias acordo e me deito contigo no pensamento, todos os dias é a tua mão que a minha busca incessantemente, todos os dias desejo ter-te só para mim. E o mais estranho, é que mais nada neste mundo me interessa para além de ti, tu fazes-me feliz e isso é tudo o que eu quero.
(Pausa. Os nossos olhares ficam, momentaneamente absorvidos um no outro e, desenha-se-me um sorriso na face.)
Tu: E tu, morrerias por mim?
Eu: Só sei que morreria sem ti.



2008 - maintenant
Morri, então. Isto que aqui anda, que todos vêem e com quem todos falam, não é nada mais do que um simples corpo a quem tiraram e mataram a alma. A quem tu tiraste e mataste a alma, quando deixaste de viver por mim.