Eu não sei
Se tenho vivido de
maneira correcta
Seguindo por aí a
dar o corpo ao manifesto
Bailando que nem uma
metamorfose ambulante
Esforçando-me para
partilhar o que de melhor existe em mim.
Eu não sei
Se tenho absorvido o
melhor do mundo
Nessa interação
constante e sempre distinta
De continente em
continente e de coração em coração
Que se vem mostrando
ser um espelho cada vez mais nítido.
Eu não sei
Se deveria
resignar-me e apostar numa rotina
Amparada da presença
dos que foram e são importantes
Deixar-me de
hedonismos egoístas e ganhar em seriedade
Para um dia poder
mostrar ao mundo um império que construí.
Eu não sei
Se existe um lugar
que seja meu
Ou do qual eu seja
parte – será que isso é desejável?
É que todos os
lugares se assemelham na hora da verdade
Todos capazes dos
amores mais belos e das tragédias mais cruéis.
Eu não sei
Se nós os Homens
alguma vez
Fomos melhores do
que aquilo que somos hoje
E também já não
sei o que é melhor nem o que é pior
Mas algo em mim me
diz para continuar a ser o melhor que posso.
Eu não sei
Se filosofias ajudam
a mente a entender
O potencial infinito
que é ser num universo em expansão
Mas se o amor é uma
delas, então que se ame e não se pense
Que um universo sem
amor é como uma criança que não nasceu.
Eu não sei
Se sei ou se não
sei
E nunca achei que
não saber pudesse saber tão bem
A cada dia o
surgimento contínuo de novos encontros marcantes
Chega para despertar o equilíbrio tão apetecido entre amor e liberdade.